A prestação de serviços públicos de saúde bucal no
Brasil, historicamente, caracterizava-se por ações de baixa complexidade, na
sua maioria curativas e mutiladoras, com acesso restrito. A grande maioria dos
municípios brasileiros desenvolvia ações para a faixa etária escolar, de 6 a 12
anos, e gestantes. Os adultos e os idosos tinham acesso apenas a serviços de
pronto atendimento e urgência, geralmente mutiladores. Isso caracterizava a
odontologia como uma das áreas da saúde com extrema exclusão social. Segundo o
Levantamento Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil – concluído em 2003 pelo
Ministério da Saúde, 13% dos adolescentes nunca haviam ido ao dentista, 20% da
população brasileira já tinha perdido todos os dentes e 45% dos brasileiros não
possuíam acesso regular a escova de dente.
Nas duas últimas décadas, apenas algumas
experiências isoladas e pontuais ampliavam o acesso e desenvolviam ações de
promoção e prevenção, além de atividades curativas mais complexas. Não havia
uma política nacional efetiva para a Saúde Bucal.
A implementação da Política Nacional de Saúde
Bucal - Programa Brasil Sorridente,
significou um marco na mudança do foco da atenção em saúde bucal, visando
avançar na melhoria da organização do sistema de saúde como um todo e propondo
um modelo que dê conta da universalidade, integralidade e equidade, princípios
tão caros a quem lutou pela implantação do Sistema Único de Saúde no Brasil.
As principais linhas de ação do Brasil
Sorridente são a reorganização da Atenção Básica em saúde bucal (principalmente
por meio da estratégia Saúde da Família), a ampliação e qualificação da Atenção
Especializada (através, principalmente, da implantação de Centros de
Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias) e
a viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de
abastecimento público.
DO AMIGO EDY!
REDES
INTEGRADAS DE ATENÇÃO À SAÚDE
“Garantir
uma rede de atenção básica articulada com toda a rede de serviços e como parte
indissociável desta; [...] assegurar a integralidade nas ações de saúde bucal,
articulando o individual com o coletivo, a promoção e a prevenção com o
tratamento e a recuperação da saúde da população adstrita.” Diretrizes da
Política Nacional de Saúde Bucal
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